Ir para página principal

5ª APD: dom Joaquim Mol preside assembleia do Vicariato para a Comunicação e Cultura

 

   Conselho do Vicariato para a Comunicação e Cultura na

    abertura da Assembleia

Em preparação para a 5ª Assembleia do Povo de Deus (APD),colaboradores dos segmentos de comunicação e cultura da Arquidiocese de Belo Horizonte se reuniram em assembleia presidida pelo bispo auxiliar dom Joaquim Mol, vigário especial para a Comunicação e Cultura e reitor da PUC Minas,  sábado, dia 24 de setembro, na PUC Coração Eucarístico. 

 

Ao ressaltar que aquela era a primeira assembleia do Vicariato Especial para a Comunicação e Cultura (VECC), o bispo sublinhou que  todos foram convocados por uma razão profunda: a fé. “Nós somos igreja na medida em que de fato nos constituímos como assembleia - esta, específica do VECC, em preparação para a 5ª APD”.

 

Dom Joaquim Mol iniciou os trabalhos agradecendo aos integrantes do Encontro de Casais em Cristo da Paróquia dos Sagrados Corações, que organizaram toda a acolhida aos participantes do evento, com alegria e calor humano. Destacou o desejo do grupo de servir bem, "uma das marcas mais bonitas de Jesus" - e acrescentou - “e serviu de maneira perfeita”.  No agradecimento ao violeiro Chico Lobo - cantor e compositor- pela bonita apresentação que antecedeu ao evento, dom Mol, lembrou serem os dons dádivas de Deus, e que encontrar a forma de desenvolvê-los é produzir cultura e comunicação.

 

Nessa Assembleia, o segmento da cultura foi representado por pessoas que atuam no Memorial Arquidiocesano, na Pastoral da Cultura, no Santuário Nossa Senhora da Piedade, e a comunicação, pela Rádio América, TV Horizonte, Web, Assessoria de Comunicação e Marketing e Pascom, além das pessoas que trabalham em outros meios comunicação presentes na Arquidiocese. “Temos neste auditório uma diversidade muito importante, um auditório marcado pela reunião das pessoas que representam, de fato, os seguimentos que aqui devem estar” – disse o bispo.  

 

"Foram envolvidos nos trabalhos todos aqueles que contribuem com essa grande rede de comunicação, desde os que se ocupam do cuidado com a casa, aos técnicos, até os dirigentes do setor, representados pelo Conselho do VECC". Segundo dom Mol, essa reunião de todos é que de fato revela um corpo. “E como igreja, não queremos ser corpos mutilados, sem partes, mas corpos inteiros e, por isso, precisamos, não só pela retórica, pelo discurso, mas, de fato, reconhecer o valor fundamental do trabalho de cada um, ainda que muitas dessas pessoas não tenham a voz propagadas pelas ondas do rádio, ou a imagem exibida pela TV e pela internet”. 

 

Após ouvirem a preleção do Vigário Especial Para a Comunicação e Cultura, os participantes da Assembleia dividiram-se em dois grandes grupos - organizados em equipes -, conforme sua área de atuação, com o objetivo de formularem propostas para a elaboração de projetos na 5ª APD. Cada equipe trabalhou suas proposições sob os pontos de vista da Espiritualidade Encarnada, da Inserção Social e da Vida Comunitária. O relatório final desse encontro, com as sugestões aprovadas pela Assembleia do VECC, será apresentado nos próximos dias.

 

O papel da cultura e da comunicação na Igreja particular de Belo Horizonte

 

Sobre a cultura, dom Mol disse que ela pode ser entendida como apuro do conhecimento,  como um modo de ser e de expressar,  “mas o significado que mais me marca interiormente é o  menos explicitado: é que a cultura “mexe”, no fundo, não tanto com as expressões ditas, mas com o sentido ou com os  sentidos”.  Lamentou a prática da cultura da morte por aqueles que fazem da morte o sentido do seu viver e exemplificou: “quem pode ser identificado por contribuir com a cultura da guerra, da violência, do descartável são aqueles que fizeram do sentido de sua vida a promoção do descartável, da guerra e da violência. Mas eu acho que essas situações nem deveriam ser chamadas de cultura. Tenho dificuldade de entender a palavra cultura associada a essas realidades de morte”. 

 

Para o bispo, o termo cultura deveria ser reservado para aqueles que colocam como sentido de suas vidas a construção da paz: a evangelização, as expressões artísticas, o cinema, a poesia etc. “Essas pessoas fazem da poesia, da evangelização, da educação, o sentido de seu viver. O que elas põem para fora, é o resultado cultural de que nós precisamos. Já a comunicação, tem seus diversos meios que informam, fazem chegar, formam opinião, mas, sobretudo, põe em comum os muitos sentidos da vida. Tudo isso é precioso na comunicação, especificamente na comunicação que desejamos praticar na Igreja particular de Belo Horizonte".